Construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste teve início na BA

Obra do primeiro trecho faz parte do novo PAC e terá 127 quilômetros de trilhos, com um investimento inicial de R$ 1,5 bilhão

No início do mês de julho, foi iniciada a 1ª etapa da obra de construção da FIOL – Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que terá uma de suas partes integrada como primeiro projeto do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Ao todo, a obra é composta de três trechos, sendo que o primeiro (FIOL 1) liga as cidades baianas de Caetité e Ilhéus, percorrendo 537 quilômetros (km) de extensão e passa por 19 municípios.

O lote 1F é um dos quatro lotes de construção do trecho FIOL 1 e conta com 127 quilômetros de trajeto, ao longo dos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara. As obras nesse lote estão recebendo um investimento inicial da ordem de R$ 1,5 bilhão e têm previsão de durar 36 meses.

Em sua totalidade, a FIOL terá aproximadamente 1.527 quilômetros de extensão que vão ligar o futuro Porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis, no Tocantins, ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul. 

A construção do 1º trecho será realizada pela Bamin (Bahia Mineração), que arrematou a concessão em leilão. A empresa adquiriu o trecho ferroviário em 2021, com um lance de R$ 32,73 milhões, sendo a única empresa na época a apresentar lance no certame e o valor de outorga oferecido foi exatamente o mínimo determinado pelo governo. A concessão tem validade de 35 anos e o empreendimento será tocado com investimento privado.

Contudo, o governo federal ficará responsável por construir o trecho da obra que ligará a Bahia até Goiás. Até Caetité, será a parte desse contrato de concessão pela Bamin, e de Caetité até Mara Rosa, em Goiás, será tocado dentro do projeto do PAC, previsto para ser lançado até o final do mês de julho.

Os outros trechos estão nas seguintes etapas: FIOL 2, entre Caetité e Barreiras (BA), tem obras em andamento; e o FIOL 3, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), está aguardando licença de instalação. De acordo com o governo federal, essa integração ferroviária consolidará um corredor de escoamento de minério da região sul do estado e de grãos da região oeste. A previsão é de que, quando estiver em plena operação, haja redução de 86% na emissão de gases na atmosfera.

Por: Santelmo Camilo