Obra de derrocagem do canal Nova Avanhandava retomada

Equipamentos farão escavações para aprofundamento de 10 quilômetros do canal e desmonte subaquático de 550 mil metros cúbicos de rocha

A obra de derrocagem do canal de Nova Avanhandava, em São Paulo, será retomada. O projeto envolve escavações para o aprofundamento de um trecho de 10 quilômetros, com desmonte subaquático de 550 mil metros cúbicos de rocha no leito do Rio Tietê. O contrato foi assinado no último dia 17, com investimento de R$ 300 milhões e previsão de concluir os trabalhos até o primeiro semestre de 2026.

Fruto de uma parceria entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Governo de São Paulo, a obra possibilitará o tráfego de embarcações com 3,5 metros de calado. Além disso, a ampliação do canal vai garantir ao setor hidroviário a navegação, mesmo com níveis mais baixos, nos reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos.

A possibilidade de percorrer com cotas mais baixas nestes reservatórios ainda proporcionará ao setor elétrico mais 4,1 bilhões de metros cúbicos de água para geração de energia elétrica ou sua estocagem nos reservatórios de cabeceira – o volume equivale a 24% da Usina de Furnas.

Além disso, o empreendimento deve gerar mais de 3 mil novos empregos durante a execução das obras. Com a finalização, será possível estabelecer conexão de áreas de produção a portos marítimos, atendendo os principais centros do Mercosul.

A utilização do canal vai gerar um movimento de 7 milhões de toneladas pela hidrovia Tietê-Paraná, representando a redução de aproximadamente 200 mil caminhões nas rodovias por ano. Entre as principais cargas estão soja, farelo de soja, outros grãos e cana-de-açúcar.

Por: Santelmo Camilo