Monitoring the rainfall volume improves safety at mining companies

Monitorar o volume de chuvas melhora segurança nas mineradoras

O mau tempo preocupa devido a riscos de rompimento de barragens, deslizamentos e inundações 

A boa perspectiva com as vendas de minério de ferro em 2023 anima o setor de mineração no Brasil. Essa commodity tem registrado alta desde o final do ano passado, impulsionada pelo otimismo com a reabertura do mercado chinês. Mas o olhar focado das empresas às exportações desse produto deve ser dedicado com o mesmo interesse para monitorar a intensidade das chuvas, consideradas preocupantes e capazes de colocar em risco a segurança nas mineradoras e das regiões onde elas estão instaladas. 

De acordo com a Climatempo, essa indústria tem sofrido com o volume elevado de chuvas, fator preocupante devido a riscos de rompimentos de barragens, deslizamentos e inundações. Somente no ano passado, a coordenadoria estadual da Defesa Civil de Minas Gerais divulgou um alerta com 413 cidades em estado de emergência.  

A empresa esclarece que os temporais afetaram depósitos de rejeitos qualificados como seguros, resíduos foram derramados e chegaram a bloquear vias. Essa situação destrói o ambiente impactado e aumenta a vulnerabilidade das atividades minerárias.  

Como se não bastasse, as chuvas que caíram no mês de janeiro de 2023 atingiram 229,2mm e foram suficientes para superar em 28% os 182,2mm que alagaram a capital mineira em 2022. Na época, o dique Lisa da mineradora Vallourec chegou a transbordar, interrompendo o tráfego na BR-040 quase no trevo de Ouro Preto, entre Brumadinho e Nova Lima, gerando uma multa de R$ 288 milhões por danos ambientais.  

Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), Minas Gerais enfrentou em janeiro deste ano uma estação chuvosa intensa com 14 barragens em nível de alerta, 28 necessitando de obras de reforço (nível 1 de alerta), oito demandando obras suplementares urgentes e evacuação de áres habitadas (nível 2), e três em rompimento iminente (nível 3), que são Sul Superior (Barão de Cocais) e Forquilha 3 (Ouro Preto), da Vale, e Serra Azul (Itatiaiuçu), da ArcelorMittal. 

Antecipação de riscos 

Em razão disso, um monitoramento com previsão acertada e alertas emitidos com rapidez pode evitar acidentes graves e tornar as operações mais seguras. Segundo a ANM, Minas Gerais e outros quatro estados ficaram em situação de atenção, mas foram efetuados comunicados de precaução e conduta especial diante do cenário apresentado, com o intuito de reforçar o monitoramento das barragens. 

Ainda de acordo com a Climatempo, a segurança e o bom funcionamento são requisitos básicos para um empreendimento rentável e sustentável. As fortes rajadas de vento geram destruição e perda de tempo nas tarefas diárias, mas um planejamento específico com projeções adequadas é fundamental para otimizar os trabalhos em campo aberto e evitar incidentes, com propósito de gerar economia de recursos para o investidor. 

Por: Santelmo Camilo